Ações procuram respeitar civis
DIOGO BERCITO
Da Folhapress
Procurado pela reportagem, o Exército de Israel contesta as declarações
feitas pelo diretor da organização não-governamental Breaking the
Silence em relação à cultura militar no país.
Roni Kaplan, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, critica a
organização por encaminhar informações diretamente aos meios de
comunicação, "sem permitir às autoridades relevantes que levem a cabo as
investigações pertinentes".
"Inúmeras vezes oferecemos a eles a opção de apresentar as evidências e o
material em seu poder aos órgãos encarregados de cumprir a lei, com o
fim de que as investigações sejam levadas a cabo de maneira formal,
profissional e independente", diz Kaplan.
"Sua opção, não obstante, é a de não fazer isso", declara o porta-voz.
O Exército afirma que os bloqueios militares, a exemplo do realizado nos
arredores da cidade de Hebron, na Cisjordânia, são feitos "equilibrando
as necessidades da população civil e as necessidades operativas".
"É uma manipulação falar de um bloqueio a Hebron, [já que] determinados
acessos à cidade foram fechados intermitentemente de acordo com a
análise constante da situação".
Kaplan nota, ainda, que "nossa luta é contra o terror, e de nenhuma
maneira contra a sociedade palestina", negando, assim, que haja ações
punitivas contra a população.
As detenções realizadas por ocasião do desaparecimento recente de três
jovens israelenses foram realizadas, diz, para que eles pudessem ser
encontrados.
"Se um soldado violar os direitos de um palestino, não haverá
impunidade. Pelo contrário, ele será julgado. A lei é igual para todos."
Por fim, a respeito das supostas agressões a prisioneiros palestinos, o
Exército afirma que "a situação preferível é prender uma pessoa e
levá-la à Justiça sem violência", mas que "[terroristas do grupo
palestino islâmico Hamas] nem sempre recebem um soldado com flores, mas
com pedras, granadas e coquetéis molotov".
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