Boletim diário da ONU Brasil: “Países avançam na eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas” e 10 outros.
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Posted: 20 May 2019 12:46 PM PDT
Enfermeiras e médicas avaliam o estado de saúde de um bebê prematuro em Bogotá, na Colômbia. Foto: OPAS
Países da América Latina e do Caribe estão avançando em direção à eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas, mas os progressos têm sido desiguais, de acordo com um novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Intitulado “New generations free of HIV, syphilis, hepatitis B and Chagas disease in the Americas 2018”, o relatório compila dados de 52 países e territórios das Américas e mostra que, desde 2010, 30,8 mil crianças nasceram sem HIV graças às intervenções para prevenir a transmissão vertical.
“Os progressos para garantir uma geração livre da aids e da sífilis têm sido muito significativos, assim como os esforços para impedir que crianças nasçam com hepatite B e doença de Chagas”, disse a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne. “Devemos intensificar e integrar a resposta e ampliar o acesso aos serviços de saúde se quisermos acabar com a transmissão dessas quatro doenças”, acrescentou.
Em 2017, 20 países e territórios das Américas relataram dados que indicam a eliminação da transmissão vertical do HIV; sete receberam a validação da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, estima-se que, a cada ano, 3,5 mil crianças nasçam com HIV ou contraiam o vírus de suas mães na América Latina e no Caribe.
A porcentagem de mulheres grávidas na região que realizaram ao menos um teste para conhecer seu status de HIV e daquelas com resultados positivos que tiveram acesso ao tratamento aumentou em comparação com 2010, indo para 73%. No entanto, esses números ainda estão aquém das metas de testagem e tratamento de 95%.
Aumento dos casos de sífilis congênita
De acordo com o novo relatório, 15 países também notificaram em 2017 dados indicando a eliminação da sífilis congênita, sete dos quais receberam a validação da OMS.
Contudo, a publicação detalha que os casos de sífilis congênita estão em ascensão. Em 2017, 37 países registraram mais de 28,8 mil casos, 22% a mais do que em 2016, embora 85% dos casos relatados estejam concentrados em apenas um país da região.
O relatório mostra também outros resultados desiguais. Enquanto a triagem de mulheres grávidas para sífilis diminuiu, o tratamento daquelas que fizeram o teste e tiveram resultado positivo aumentou.
Vacinação, fundamental para prevenir a hepatite B
Os países das Américas vacinam contra a hepatite B há mais de 20 anos, o que facilitou o cumprimento da meta de eliminação da transmissão vertical dessa doença (prevalência regional estimada de hepatite B em crianças de cinco anos de 0,1%). Individualmente, estima-se que vários países também tenham atingido esse objetivo.
No entanto, estima-se que 6 mil crianças contraem o vírus da hepatite B a cada ano na região. Para prevenir essa doença, a OPAS recomenda a aplicação de quatro doses da vacina a todas as crianças com menos de 1 ano, a primeira delas durante as primeiras 24 horas de vida, momento crucial para prevenir a transmissão vertical.
Em 2017, a cobertura vacinal com a terceira dose para crianças menores de um ano foi de 87% e 25 países e territórios introduziram a dose da vacina nas primeiras 24 horas após o nascimento em todos os recém-nascidos. Esta última cobertura aumentou de 61% em 2010 para 76% em 2017 — ainda que esteja abaixo da meta de 95%. É necessário intensificar os esforços para aumentar a cobertura vacinal em crianças.
Transmissão vertical de Chagas é responsável por 20% dos novos casos
Estima-se que, a cada ano, cerca de 9 mil bebês nasçam com a doença de Chagas na América Latina e no Caribe, respondendo por mais de 20% de todos os novos casos na região. No entanto, em 2017, os países notificaram à OPAS apenas 280 novos casos, o que destaca a necessidade urgente de melhorar os sistemas de detecção e notificação.
A triagem da doença de Chagas em mulheres grávidas também varia significativamente, de 7% a 55% nos poucos países que relatam dados. A iniciativa de eliminação da OPAS estabelece a meta de testar ao menos 90% das gestantes e recém-nascidos de mães soropositivas.
“Eliminar a transmissão vertical dessas quatro doenças representa um enorme desafio”, disse Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde da OPAS. “No entanto, a implementação de uma abordagem integrada para tratar esta questão é uma oportunidade para garantir que os avanços para a eliminação sejam equitativos”, acrescentou.
O novo relatório da OPAS é o primeiro a abordar as quatro doenças em conjunto, após a renovação em 2014 de um compromisso assumido em 2010 pelos ministros da Saúde da região para eliminar a transmissão vertical do HIV e da sífilis, que foi ampliado para incluir as duas outras doenças.
A fim de apoiar seus Estados-membros na consecução deste objetivo, a OPAS lançou em 2017 o Marco para a Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis, Hepatites e doença de Chagas (ETMI-PLUS, em sua sigla em inglês).
Trata-se de um roteiro que delineia estratégias e intervenções voltadas para mulheres antes e durante a gravidez, bem como para puérperas e recém-nascidos, em uma região com 15 milhões de mulheres grávidas por ano e uma alta taxa de pré-natal, mas onde as desigualdades no acesso à saúde persistem e as oportunidades perdidas permanecem, entre e dentro dos países.
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Posted: 20 May 2019 12:35 PM PDT
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Posted: 20 May 2019 12:10 PM PDT
Parque industrial em Altamira, no Pará. Foto: Wikimedia Commons/PuertoAltamira2012 (CC)
Nas últimas décadas, os parques industriais deram importantes contribuições para a reestruturação e o desenvolvimento da economia global, gerando empregos e aumentando a renda. Uma conferência em Lima, no Peru, discutirá em junho maneiras de esses parques também contribuírem para uma urbanização sustentável e resiliente ao clima, impulsionando o crescimento verde da América Latina.
Os parques industriais oferecem a oportunidade de abordar as três dimensões do desenvolvimento sustentável: equidade social, crescimento econômico e proteção ambiental, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), particularmente o ODS número 9, que prevê a construção de infraestrutura resiliente, promovendo a industrialização sustentável e a inovação.
Nas últimas três décadas, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) tem contribuído ativamente para melhorias sustentadas de produtividade em indústrias e parques industriais, implementando projetos-piloto e fornecendo serviços estratégicos de assessoria política.
Os parques industriais viáveis no Peru não só impactam positivamente a capacidade produtiva do país, mas também têm o potencial de contribuir fortemente para o desenvolvimento socioeconômico geral nacional e, no futuro, para o desenvolvimento socioeconômico da região da América Latina como um todo.
Neste contexto, a UNIDO, o Ministério da Produção do Peru (PRODUCE) e a Associação Nacional das Indústrias (SNI) do Peru promovem conjuntamente uma conferência internacional sobre “Parques Industriais para o Desenvolvimento Industrial Inclusivo e Sustentável”, que ocorrerá de 11 a 12 de junho em Lima.
A conferência está sendo organizada no âmbito do Programa para Parceria com o País (PCP), que foi implementado pelo PRODUCE e pela UNIDO no começo de 2018 com o objetivo de acelerar o desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável e construir uma parceria entre atores liderada pelo ministério.
O evento terá a presença do diretor-geral da UNIDO, Li Yong, além de representantes de países de Ásia, África e América Latina, da academia e dos setores público e privado.
“É nossa convicção que uma implementação bem-sucedida da política industrial tem o potencial de aumentar a competitividade de novos setores industriais na economia, ao mesmo tempo em que possibilita a reestruturação de setores e empresas existentes”, afirmou Li.
“Os parques industriais podem ajudar os países a enfrentar o desafio do desenvolvimento inclusivo e sustentável através de uma colaboração aprimorada”, disse ele.
A conferência será uma oportunidade para apresentar uma ampla gama de experiências internacionais sobre diferentes aspectos dos parques industriais, com o objetivo de facilitar o intercâmbio de conhecimento e discutir o futuro da indústria na América Latina.
“A implantação de parques industriais em Lima e nas principais cidades do país pode ser uma ferramenta interessante para o crescimento sustentável da indústria peruana e para a diversificação de sua produção”, afirmou Ricardo Marquéz, presidente da Sociedade Nacional das Indústrias (SNI) do Peru.
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Posted: 20 May 2019 11:36 AM PDT
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Posted: 20 May 2019 11:25 AM PDT
Participante de evento do Dia Mundial das Abelhas na sede da FAO, em Roma. Foto: FAO
Se você acha que está muito ocupado, pense nas abelhas do mundo. Elas, junto a outros insetos e animais, são responsáveis pela polinização de mais de 75% das principais culturas alimentares do planeta.
Neste Dia Mundial das Abelhas, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou que polinizadores estão sob ameaça e seu volume está caindo por conta das atividades humanas.
Segundo a FAO, estamos possivelmente perdendo algumas espécies para sempre, com base em dados disponíveis nos Estados Unidos e na Europa.
“É realmente uma junção de fatores basicamente acontecendo ao mesmo tempo, todos eles impulsionados pela atividade humana”, disse Abram Bicksler, oficial de agricultura da FAO.
“A mudança climática é um fator, a perda de habitat é outro, o uso excessivo de pesticidas também, mas ainda há muitas doenças e pestes que estão afetando nossos polinizadores. Então, sim, quando tudo isso se junta, polinizadores estão enfrentando um momento difícil”.
De acordo com a FAO, os polinizadores mais populares são as abelhas, com de 25 mil a 30 mil espécies.
Abelhas selvagens são polinizadores mais produtivos que espécies domésticas, à medida que possuem mais pelos para que partículas de pólen fiquem agarradas.
Sem abelhas e outros polinizadores – borboletas, beija-flores, morcegos e até mesmo macacos, entre outros – a FAO afirma que não teríamos café, maçãs, amêndoas, tomates e cacau, entre muitas outras frutas e culturas produtoras de sementes.
Em pedido de proteção às abelhas e outros polinizadores, a FAO destacou seu papel essencial para manter o planeta saudável ao conservar a biodiversidade – um pilar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“O Dia Mundial das Abelhas é uma oportunidade de reconhecer o papel da apicultura, das abelhas e de outros polinizadores no aumento da segurança alimentar, na melhoria da nutrição e na luta contra a fome”, disse o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva.
Em pedido para o público ajudar a combater a ameaça às abelhas e outros polinizadores — ameaça apresentada por insetos invasivos, pesticidas, mudanças no uso do solo e práticas de monocultura que podem reduzir nutrientes disponíveis para colônias de abelhas –, a FAO recomendou a plantação de uma série de flores amigáveis.
A agência da ONU também encorajou as pessoas a criarem seus próprios “hotéis de insetos” – um tronco oco ou galho de árvore, por exemplo – que são abrigos ideais para insetos polinizadores.
Celebrada pela primeira vez em 2018, a data do Dia Mundial das Abelhas – 20 de maio – não é aleatória. Foi escolhida para coincidir com o aniversário de Anton Janša, um pioneiro da apicultura moderna da Eslovênia.
Janša nasceu em uma família de apicultores em um país onde a prática é uma importante atividade agrícola, com uma longa tradição.
A ideia do Dia Mundial das Abelhas foi promovida pela Eslovênia, com apoio da Apimondia, a Federação Internacional de Associações de Apicultura, e da FAO.
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Posted: 20 May 2019 11:06 AM PDT
Delegações participam de reunião da 71ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada no ano passado. Foto: OMS
Autoridades de saúde das Américas participam até 28 de maio da 72ª Assembleia Mundial da Saúde, que acontece em Genebra, na Suíça. O evento reunirá mais de 4 mil delegados dos 194 países que compõem a Organização Mundial da Saúde (OMS) para tratar dos principais problemas referentes ao tema no mundo.
Durante a Assembleia, os países buscarão acordos sobre como alcançar a cobertura universal de saúde por meio da atenção primária, recursos humanos para o setor, bem como um plano de ação global sobre segurança dos pacientes.
Na ocasião, também serão discutidos saúde, mudança climática e meio ambiente, acesso a medicamentos e vacinas, promoção da saúde para refugiados e migrantes, além de preparação e resposta a emergências, entre outras questões relevantes.
A região das Américas participa com seus representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional da OMS para as Américas, chefiado por Carissa F. Etienne, bem como por delegações nacionais lideradas pelas respectivas autoridades nacionais de saúde.
A Assembleia Mundial da Saúde é o órgão supremo de tomada de decisão da OMS. Suas principais funções são determinar as políticas da Organização, indicar um diretor-geral, supervisionar as políticas financeiras e revisar e aprovar o orçamento.
Neste ano, os ministros e autoridades de saúde do mundo foram convidados a falar no plenário “Saúde para todos: sem deixar ninguém para trás”.
As delegações receberão informes técnicos sobre um plano de ação global para uma vida saudável e bem-estar para todos; o surgimento de novas tecnologias; a cobertura universal de saúde; a necessidade de fortalecer os esforços na área da saúde mental; investimento em postos de trabalho em saúde; a promoção local de medicamentos e tecnologias em saúde; instalações de saúde sustentáveis, de economia verde e resilientes às mudanças climáticas; e uma nova visão para o alcance de uma população mais saudável.
Paralelamente à Assembleia, as delegações das Américas também promoverão uma série de eventos relacionados à saúde universal; doenças não transmissíveis; acesso a medicamentos e produtos de saúde acessíveis; envelhecimento saudável; migração e saúde universal; esforços para eliminar a malária; e poluição do ar, entre outros temas.
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Posted: 20 May 2019 10:49 AM PDT
Médico mede pressão arterial de paciente. Foto: PEXELS
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recebeu o Prêmio de Excelência Organizacional da Liga Mundial de Hipertensão por seu trabalho no controle da hipertensão nas Américas, informou nesta segunda-feira (20) a agência da ONU.
A premiação reconhece os esforços da OPAS na implementação da iniciativa HEARTS, que tem o objetivo de reduzir a carga de doenças cardiovasculares na região e no mundo.
“O prêmio foi outorgado à OPAS sobretudo por sua visão pioneira na prevenção e controle da hipertensão nas Américas”, disse Marcelo Orias, vice-presidente da Liga Mundial de Hipertensão.
Ele também elogiou a Organização por promover o pacote técnico HEARTS, que fornece aos países uma abordagem estratégica para melhorar a saúde cardiovascular da população. “A OPAS está realizando um trabalho eficiente, organizado e pioneiro em relação a outras regiões do mundo e, por isso, merece o prêmio”, acrescentou.
O pacote técnico HEARTS fornece apoio aos Ministérios da Saúde para fortalecer o manejo das doenças cardiovasculares em estabelecimentos de atenção primária. Consiste em uma série de módulos práticos com uma abordagem passo a passo para o controle da hipertensão, dirigido aos formuladores de políticas públicas, gerentes, diretores ou coordenadores de programas para atenção às doenças cardiovasculares.
A iniciativa HEARTS foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com diversos atores globais, entre eles os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a iniciativa “Resolve to Save Lives”, a Sociedade Internacional de Nefrologia, a Sociedade Internacional de Hipertensão, a Liga Mundial de Hipertensão, a Federação Internacional de Diabetes e a Federação Mundial do Coração.
Na região das Américas, a iniciativa é liderada por Ministérios da Saúde com apoio técnico e coordenação da OPAS para assegurar que esteja integrada de maneira harmônica e progressiva aos serviços de saúde existentes, com o intuito de promover a adoção das melhores práticas globais na prevenção e controle de doenças cardiovasculares.
“Prevenir e controlar a hipertensão é fundamental para melhorar a saúde de uma população”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS. “Continuaremos a promover essa iniciativa, fornecendo ferramentas e apoio técnico para fortalecer os serviços de atenção primária que estão focados na gestão e prevenção de doenças cardiovasculares. A OPAS se sente honrada em aceitar este prêmio e agradece à Liga pelo reconhecimento”, acrescentou.
A iniciativa HEARTS foi pioneira na região, aplicando o modelo em quatro países: Barbados, Chile, Colômbia e Cuba. Esses projetos demonstraram que o modelo funciona, que é aceito pelos pacientes, provedores e financiadores, e que, o mais importante, melhora a cobertura e o controle da hipertensão. Em 2018, o modelo foi ampliado dentro desses países e também implementado na Argentina, Equador, Panamá e Trinidad e Tobago.
Neste ano, República Dominicana, que está em fase de pré-implementação, Peru e Santa Lúcia também se juntaram ao HEARTS. Outros países, incluindo o México, estão considerando a possibilidade de adotar a iniciativa.
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Posted: 20 May 2019 10:39 AM PDT
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a nomeação de quatro novos embaixadores da boa vontade. Foto: OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (20) a nomeação de quatro novos embaixadores da boa vontade nas áreas de esportes, política e mobilização comunitária. O objetivo é promover vidas mais saudáveis, forças de trabalho de saúde mais fortes e melhorar a saúde mental em nível global.
Foram nomeados Alisson Becker, goleiro da seleção brasileira e do time de futebol britânico Liverpool, e Natália Loewe Becker, médica e defensora da saúde do país e mulher do jogador. Eles foram nomeados embaixadores da boa vontade da OMS para a promoção da saúde.
Outras nomeações foram de Cynthia Germanotta, presidente da Born This Way Foundation, iniciativa que fundou com sua filha, a cantora norte-americana Lady Gaga, como embaixadora da boa vontade da OMS para a saúde mental.
Ellen Johnson Sirleaf, ex-presidente da Libéria, foi nomeada embaixadora da boa vontade da OMS para a força de trabalho em saúde.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em seu discurso de abertura da 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
“Dou as boas-vindas à presidente Ellen Johnson Sirleaf, Cynthia Germanotta, Alisson Becker e Natália Loewe Becker como os novos embaixadores da boa vontade da OMS, e espero trabalhar com eles nos próximos anos”, disse.
“Cada um de nossos novos embaixadores é campeão por direito próprio, por ajudar suas comunidades a se reconstruir e desenvolver de forma sustentável, por lutar por uma melhor saúde mental e bem-estar e por serem modelos para uma vida mais saudável.”
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Posted: 20 May 2019 10:21 AM PDT
A política sueca Gunilla Carlsson foi nomeada diretora-executiva interina do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). Foto: UNAIDS
O secretário-geral da ONU, António Guterres, nomeou a política sueca Gunilla Carlsson diretora-executiva interina do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), informou a organização no sábado (18).
Gunilla ingressou no UNAIDS em fevereiro de 2018, como vice-diretora executiva de Gestão e Governança e secretária-geral assistente das Nações Unidas.
Sua função é fornecer orientação estratégica para as áreas de gestão, e ela tem liderado o trabalho do UNAIDS na promoção da governança efetiva do Programa Conjunto, assegurando que este continue a servir como um marco para a reforma das Nações Unidas.
“É uma grande honra para mim servir ao UNAIDS como diretora-executiva interina em um momento tão crucial para o Programa Conjunto, para as Nações Unidas e para a saúde global. A resposta à AIDS não pode se dar ao luxo de ficar estagnada”, disse Gunilla.
“Direitos humanos, igualdade de gênero e diversidade devem estar no centro de tudo o que fazemos. Estou ansiosa para continuar a trabalhar de mãos dadas com as comunidades, funcionários e parceiros em todo o mundo para alcançar as metas de 2020 e, finalmente, acabar com a epidemia de AIDS.”
Antes de ingressar no UNAIDS, Gunilla foi representante eleita do Parlamento Sueco e ministra da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento em seu país.
Ela também atuou no Parlamento Europeu. Carlsson era a presidente da Comissão de Mudança Climática e Desenvolvimento, criada pela Suécia. Foi nomeada pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para um painel de alto nível para a sustentabilidade global antes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Também atuou no Painel de Alto Nível das Nações Unidas sobre a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. Gunilla é afiliada do conselho de administração da Gavi, a Aliança de Vacinas, e atua como vice-presidente da organização desde junho de 2017.
Líder em saúde e desenvolvimento global, tem experiência em desenvolvimento de políticas externas, de direitos humanos, emprego, pesquisa, segurança e defesa. Ela também tem experiência no desenvolvimento e implementação de reformas políticas e de eficiência e transparência em organizações complexas, incluindo o setor privado.
O processo para a nomeação ao cargo de comando do UNAIDS está em andamento. A nova pessoa para ocupar a direção executiva será nomeada pelo secretário-geral das Nações Unidas com base nas recomendações feitas pelo Comitê de Organizações Copatrocinadoras.
Um comitê de seleção estabelecido pela Junta de Coordenação do Programa Conjunto (PCB, na sigla em inglês) está preparando uma lista de candidatos finalistas para apresentação e discussão.
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Posted: 20 May 2019 09:53 AM PDT
Crianças na Mongólia frequentam jardim de infância itinerante, que leva educação infantil a comunidades rurais. Foto: UNICEF/Matas
O apoio financeiro global à educação totalizou 13,2 bilhões de dólares em 2017, uma queda de 2% (288 milhões de dólares) frente a 2016, segundo o Relatório de Monitoramento Global da Educação (Relatório GEM), publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Desde 2009, os níveis de ajuda à educação estão praticamente estagnados, crescendo em média 1% anualmente, segundo o documento.
Para a UNESCO, esses números põem em xeque o comprometimento mundial para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 4, que se refere à educação. Segundo a Organização, uma arquitetura cada vez mais fragmentada de financiamento da educação não está ajudando nesse sentido.
Um novo mecanismo multilateral, a Facilidade Financeira Internacional para a Educação, que visa reduzir o custo de empréstimos para a educação destinados a países de renda média, deve ser lançado até o fim deste mês.
O mecanismo é um complemento ao Global Partnership for Education (Parceria Mundial para a Educação, em tradução livre), que fornece subsídios a países de baixa renda, além do fundo Education Cannot Wait (A Educação Não Pode Esperar), que se dedica a situações de emergência.
Para o diretor do Relatório de Monitoramento Global da Educação, Manos Antoninis, o compromisso não está sendo cumprido. “Tem havido muita conversa sobre grandes ambições desde 2015, quando nossa nova agenda de educação foi definida e, ainda assim, os doadores estão mudando o orçamento, remendando-o com diversas formas de gastar uma soma fixa, mas não estão doando mais dinheiro”.
Os doadores não têm cumprido suas promessas de manter a meta das Nações Unidas de dedicar 0,7% da renda nacional bruta à ajuda externa. Se o fizessem e alocassem 10% dessa ajuda à educação primária e secundária, seria o suficiente para preencher a lacuna anual de financiamento de 39 bilhões de dólares.
Mesmo assim, a educação tem se tornado cada vez menos uma prioridade para os parceiros do desenvolvimento, pois a parte dedicada à educação foi reduzida de um pico de 10,7% do total da ajuda, em 2007, para apenas 7,1%, em 2017.
Dos dez principais doadores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a educação, o Reino Unido é o único país do G7 que está comprometido a cumprir a meta da ONU de dedicar 0,7% de sua renda nacional bruta à ajuda externa.
Grande parte do corte da ajuda total à educação pode ser explicada pela redução em 29% da ajuda do Reino Unido para a educação, dos quais 60% corresponderam a uma queda em sua alocação para a educação básica. O Reino Unido passou de segundo maior doador do total dedicado à educação básica, em 2016, para o quarto lugar, em 2017, com uma ajuda de 517 milhões de dólares.
Em geral, a Alemanha lidera o ranking de doadores de ajuda à educação, com o desembolso de 2 bilhões de dólares em 2017, seguida pelos Estados Unidos, com 1,5 bilhão de dólares, e pela França, com 1,3 bilhão de dólares. A França foi o país doador que mais aumentou seu financiamento de 2016 para 2017, com um total de 207 milhões de dólares. Isso está de acordo com o anúncio de que a França aumentaria sua assistência oficial ao desenvolvimento (AOD) para 0,55% de sua renda nacional bruta até 2022.
Contudo, 58% da ajuda da Alemanha e 69% da ajuda da França são direcionados a bolsas de estudo e custos imputados a estudantes de países em desenvolvimento para estudar em suas instituições de ensino superior. Se esses itens fossem excluídos, a ajuda à educação remanescente teria diminuído ainda mais no ano passado, em 5% ou 534 milhões de dólares; ao considerá-los, entre 2016 e 2017, essa ajuda obteve aumento para o ensino superior, mas sofreu redução de 2% para o ensino médio e de 8% para a educação básica.
Segundo Antoninis, tal tendência é alarmante. “Uma queda na ajuda para a educação poderia ser motivo de comemoração, se fosse em virtude de os governos precisarem menos, mas isso não parece ser o caso. Os governos dos países de baixa renda gastam, em média, 16% de seus orçamentos em educação, muito mais do que os países mais ricos; além disso, eles não estão no caminho certo, mesmo atingindo o objetivo de 2015 da educação primária universal. Sem a ação dos doadores para apoiá-los, é ainda menos provável que o nosso ambicioso objetivo de educação seja alcançado”.
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Posted: 20 May 2019 08:23 AM PDT
Clique para exibir o slide.Cerca de 60 resgatados(as) de situação análoga à escravidão participaram este mês (10 e 11) no município de Pindaré Mirim (MA) do 6º Encontro de Trabalhadores(as) Resgatados(as) do Trabalho Escravo. Organizada pelo Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB), a iniciativa teve apoio de Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP).
O encontro ocorreu em um local simbólico — o antigo Engenho Central da cidade, que utilizou mão de obra escrava no século 19 na indústria da cana de açúcar. Em 2019, após ampla reforma, o local foi reinaugurado e se transformou em um centro cultural.
Incluindo os(as) trabalhadores(as) resgatados(as), o evento reuniu cerca de 270 pessoas, entre representantes da sociedade civil, lideranças de comunidades vulneráveis e estudantes. Segundo a secretária executiva do CDVDH, Mariana de la Fuente, o objetivo foi compartilhar experiências, discutir políticas públicas e criar estratégias de prevenção e repressão ao trabalho escravo.
O evento teve encenação do Grupo de Teatro Centro da Arte do CDVDH, seguida de apresentação do livro “Conto Escravidão”, de Xico Cruz. Também houve apresentação do Projeto Rede de Ação Integrada de Combate a Escravidão (RAICE), seguida de mesa-redonda com participação de representantes do poder público e da sociedade civil. A noite cultural foi comandada por escolas participantes do programa Escravo Nem Pensar e pela Capoeira RAICE Pindaré.
O sábado (11) foi marcado por rodas de conversas e atividades socioculturais; socialização de trabalhos; e encerramento com apresentação sociocultural de crianças e adolescentes da RAICE de Pindaré e homenagem às mães trabalhadoras.
O Maranhão é o estado de origem do maior número de brasileiros vítimas de escravidão contemporânea. Segundo dados da fiscalização, 22% dos trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão no país são maranhenses. De 2003 a 2018, foram resgatados 8.119 trabalhadores nascidos no Maranhão em todo território nacional. Entre os municípios maranhenses com maior número de trabalhadores egressos estão Codó (357 pessoas), Açailândia (326), Pastos Bons (267), Imperatriz (230) e Santa Luzia (191).
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