O uso medicinal da maconha nunca esteve tão próximo de ser liberado no Brasil. Nos próximos dias, a diretoria da Anvisa vai decidir se coloca o assunto em debate público. A ideia é que, em até dois meses, um relatório final com o resultado de audiências será apresentado para balizar as regras de plantio e de uso da erva no país. As informações são de Bela Megale n’O Globo.
A maioria dos diretores da Anvisa, agência que já permite o registro de medicamentos feitos com substâncias isoladas da cannabis, como canabidiol e tetrahidrocannabinol, tem uma posição favorável à liberação do uso medicinal da planta.
O governo é refratário à ideia. O modelo que inspira a nova regulação brasileira, porém, é importado de um país exaltado pelo presidente Bolsonaro: Israel.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, tem se encarregado de dar o recado em nome do Palácio do Planalto. No Twitter, já disse que a Anvisa seria “irresponsável” se liberasse o uso medicinal da maconha. O governo corre para nomear um novo diretor para a agência alinhado com sua postura. A questão é que, seja quem for, ainda terá que ser submetido à sabatina no Congresso para assumir o cargo. Enquanto isso, o tema avança com a atual diretoria.
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