Jovens que trocam mensagens
em fóruns e canais de discussão na internet que congregam racismo, misoginia, homofobia, pedofilia e ódio em estado puro
celebraram as oito mortes do Massacre de Suzano e chamaram os dois assassinos, um de 17 e outro de 25, de heróis. Ao final, um matou o colega e suicidou-se. Para eles, ambos entraram para uma espécie de Hall da Fama.
Os assassinos foram enterrados hoje. Os familiares de
Guilherme Taucci Monteirooptaram por uma
breve cerimônia de cinco minutos. Segundo funcionários do cemitério São João Batista, na periferia de Suzano, a família não quis levar o corpo à sala destinada a velórios.
Luiz Henrique de Castro foi enterrado mais cedo num outro cemitério; em entrevista,
seu tio pediu perdão às famílias das vítimas.
A Polícia Civil informou que Guilherme foi o mentor do massacre e que
investiga a participação de uma terceira pessoa que teria auxiliado no planejamento do atentado. O terceiro participante é um menor e já teve sua apreensão pedida.
Para indenizar em R$ 100 mil as famílias das sete vítimas do massacre, que estavam na escola estadual de Suzano, o governo paulista vai condicionar o pagamento a uma garantia de que
as famílias não processem judicialmente o estado pelo ocorrido. A oitava vítima,
Jorge Antonio Morais, tio de um dos atiradores, foi morta fora da escola Raul Brasil.
A
emoção marcou enterros das vítimas. Antes da chegada dos caixões, funcionários montaram um corredor com coroas de flores em uma das vias do cemitério São Sebastião. As homenagens vieram de várias empresas, instituições de ensino e sindicatos da região e de outras partes do estado de São Paulo.
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