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Três evangelistas foram mortos em protestos na Etiópia
Protestos na Etiópia deixam um saldo de quase 90 mortos e muitos feridos
Pelo menos 86 pessoas foram mortas em protestos na Etiópia, desde 23 outubro, entre os mortos estava três evangelistas, os protestos foram motivados por um ativista e empresário altamente influente, disse uma porta-voz do primeiro-ministro Abiy Ahmed.
Foi reportado que três evangelistas foram assassinados nesse período, um deles dentro da igreja. Segundo informações do Portas Abertas, os corpos dos cristãos sofreram mutilação, além disso, a igreja Full Gospel em Boreda, foi incendiada. Ainda não há informações se a razão dos crimes é religiosa ou étnica.
Os protestos violentos aconteceram enquanto o primeiro-ministro e ganhador do prêmio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, estava em visita oficial à Rússia.
Os tumultos começaram após o ativista e empresário opositor do governo da Etiópia, Jawar Mohammed, denunciar que estava correndo risco de ser assassinado a mando do primeiro-ministro.
De acordo com informações, uma das formas que o governo encontrou de eliminá-lo era retirando o esquema de segurança da casa dele em Adis Abeba. Entretanto, as autoridades negaram a alegação.
Por dois dias, milhares de pessoas protestaram nas ruas da capital Adis Abeba, e em outras regiões para mostrar suporte a Jawar e denunciar as ações do governo.
“Mas o que ele começou é como uma marcha solidária que se tornou rapidamente em violência étnica e ataques estimulados pela religião. A polícia atirou em 13 pessoas e muitos outros foram mortos por pedradas e feridos por grupos rivais”, reportou um informante.
Uma proeminente igreja cristã do país reclamou da discriminação que os cristãos sofrem dos muçulmanos extremistas, e declarou ainda que estão impotentes para ajudar e proteger todas as pessoas.
A igreja fez uma vigília na capital da Etiópia, Adis Abeba, em lembrança dos que perderam a vida nos últimos protestos.