quinta-feira, 26 de março de 2020

Posted: 26 Mar 2020 03:51 AM PDT


Publicado em O Globo
Desde a semana passada, o Ministério Público do Rio recebeu 36 denúncias contra igrejas e locais de culto de diferentes matizes religiosas em todo o estado que continuaram reunindo pessoas e provocando aglomerações mesmo após o decreto do governo do estado impedir o funcionamento desses locais devido ao combate ao novo coronavírus. Ao menos 27, reportam casos de igrejas evangélicas. Os dados obtidos pelo GLOBO mostram 16 casos na capital e outros 20 no interior e região metropolitana.
Depois da cidade do Rio, Duque de Caxias é a que mais recebeu denúncias, em um total de seis. Há casos reportados ainda em Volta Redonda, Barra do Piraí, Araruama, Campos dos Goytacazes, Resende, Niterói, Nova Iguaçu e Cabo Frio. As denúncias foram reunidas entre os dias 16 e 25 de março pelas promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital e do interior organizados pelo Centro de Apoio Operacional das mesmas, o CAO-Cidadania.
Os promotores acompanham o cumprimento das medidas restritivas impostas pelo governo do estado desde a edição do decreto de emergência em saúde pública editado no último dia 16 de março de 2020. O primeiro caso de descumprimento que gerou briga na Justiça foi o do pastor Silas Malafaia que afirmou que “nenhum governador” iria suspender seus cultos. No último dia 22, o desembargador Sérgio Seabra Varella, do plantão judicial, proibiu os cultos de Malafaia na igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
– A maioria dos casos que chegaram é de igrejas e sob as mais diversas lideranças. Nossa estratégia de trabalho é agir em termos globais, porque seria pouco efetivo se a gente entrasse com uma medida contra cada uma. A gente chegou a entrar com uma ação, que foi a do Silas Malafaia, e conseguimos a liminar no tribunal. O desembargador realmente proibiu ele de realizar os cultos sob pena de multa diária – explicou promotora Anna Carolina Vieira Lisboa, titular da 7ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, que auxiliou na coordenação da atuação dos promotores.
Após as diversas denúncias, Lisboa diz que o MP decidiu expedir recomendações aos municípios e ao estado do Rio para que os gestores façam uma padronização das quarentenas e adotem medidas efetivas para realizar fiscalizações sobre o cumprimento das medidas de restrição usando, se for necessário, a Polícia Militar, Civil e a Guarda Municipal. As recomendações do MP foram entregues desde a última terça-feira e possuem prazo como resposta para esta quinta-feira.
– Agora fazer isso contra cada organização religiosa seria um desserviço ao poder judiciário que ficaria assoberbado de ações. A nossa linha de atuação agora é em linhas gerais, em termos globais, cobrar uma atuação cooperativa do estado e do município, medidas efetivas para que cumpram as determinações do decreto. Por isso, expedimos recomendação formal – completou ela.
A promotora explica que todas as denúncias estão sendo encaminhadas para as autoridades, inclusive, para a polícia para se investigue a atuação das igrejas.
– A gente está encaminhando para a polícia. Existe um crime no código penal que é atuar em contrário às medidas do governo tendentes a evitar epidemias – afirmou a promotora. O artigo do Código Penal citado é o 268 e prevê pena de detenção de um mês a um ano, podendo ser aumentada em 1/3 se a pessoa for funcionária da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
Autoridades de saúde do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde defendem que o isolamento social, chamado de quarentena, é fundamental para evitar a propagação do vírus, que causa uma doença contagiosa. Por não haver vacina ou um antiviral licenciado para combater a doença, há um grande potencial para que muitas pessoas adoeçam ao mesmo tempo através de uma cadeia de contaminação, ou seja, um indivíduo passando para o outro. Por isso, manter a distância social é a recomendação prioritária das autoridades sanitárias.
Se alguém quiser denunciar uma situação de irregularidade, o MP diz que segue recebendo denúncias por meio da ouvidoria e está com seus canais de comunicação abertos durante a crise do coronavírus. Qualquer pessoa pode encontrar pode efetuar denúncias por meio do www.mprj.mp.br/comunicacao/ouvidoria.

  
Posted: 25 Mar 2020 05:54 AM PDT


Publicado no UOL
Um pastor conservador do Tennessee pregou para seus fiéis de uma igreja em Cleveland, nos Estados Unidos, que a pandemia do novo coronavírus tem como causa um castigo de Deus, direcionado a temas como o casamento de pessoas homossexuais — ainda que os países mais afetados não tenham sequer leis que permitam esse tipo de união — e o aborto.
De acordo com o Gay Times, Perry Stone afirmou que “este é um momento de acerto de contas, e sabemos que é, eu sei o que eu ouvi, não inventei isso. Eu ouvi uma frase, uma voz de homem falando, e acredito no Espírito Santo”.
Stone prosseguiu: “Por que há um acerto de contas? Porque nós forçamos deus para fora do nosso país e basicamente falamos para ele: ‘você não é bem-vindo’. É hora de acerto de contas, porque aprovamos leis que permitem tirar a vida de crianças e porque o casamento foi mudado para algo que nunca foi visto. Ambas as leis são o que deus chama de abomináveis”.
China, Itália e Irã, três dos países mais afetados pelo coronavírus até aqui, não legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
  

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